Brasil
Governo criará prêmio Bruno Pereira e Dom Phillips para ativistas e comunicadores na Amazônia
Honraria será coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

O governo federal prepara a criação do Prêmio Bruno Pereira e Dom Phillips de Defesa do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas e do Jornalismo. A iniciativa visa reconhecer o trabalho de comunicadores, ambientalistas e defensores de direitos humanos na região amazônica. As informações são da jornalista Laura Intrieri, da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
O assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira no Vale do Javari (AM) completou três anos nesta quinta-feira (05/06).
O prêmio será coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em parceria com a Secom (Secretaria de Comunicação Social) e o Ministério dos Povos Indígenas. O lançamento do edital está previsto para as próximas semanas.
A premiação contará com recursos do Fundo Nacional de Direitos Difusos e oferecerá reconhecimento público e dinheiro aos contemplados.
O projeto integra as ações do governo brasileiro para cumprir medidas cautelares que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiu sobre o caso.
“Esse luto a gente transforma cotidianamente em luta para fazer avançar o Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, Ambientalistas e Jornalistas no nosso país. Mas, mais do que isso, para fazer a diferença nos territórios que eles estavam tentando proteger”, diz a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo.
O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, afirma que o prêmio nasceu de uma “necessidade de responder à tragédia” que representa o assassinato da dupla.
“Dom e Bruno defendiam a Amazônia e morreram por isso”, afirma a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. “O Estado brasileiro quer assegurar a vida de todos os defensores de direitos humanos e do meio ambiente”, prossegue.
Também nesta quinta, o MPF (Ministério Público Federal) no Amazonas denunciou à Justiça Federal Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, como o responsável pelo pedido dos assassinatos.
No comunicado sobre a denúncia contra o suposto mandante, o MPF afirma que Bruno e Dom sofreram uma emboscada e foram mortos por motivo torpe e de forma cruel. A denúncia foi apresentada na Vara Federal de Tabatinga (AM), uma das cidades mais próximas do Vale do Javari.
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